segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Análise: Silent Hill - Shattered Memories



Gêneros: Survivor Horror; Terror Psicológico.

Desenvolvedora: Climax Studios.

Distribuidora: Konami.

Plataforma: Nintendo Wii; Playstation 2; Playstation Portable.

Modo: Single Player.

Desde 2006 (ano em que lançou o primeiro filme de Silent Hill) iniciou-se um rumor sobre um possível remake de Silent Hill 1 lançado em 1999 para PS1, só que o que os boatos diziam era que o remake teria como protagonista uma mulher (Rose, protagonista do filme) e em maio de 2009 foi anunciado na revista Nintendo Power o remake intitulado Silent Hill: Shattered memoried. Na revista, ficou claro que Harry Manson seria mais uma vez o protagonista.



Esse é um dos poucos jogos da série que foge dos elementos de Silent Hill que os fãs conhecem, mas é diferente de Silent Hill 4 (que também foge um pouco). Muitos esperavam que fosse um remake fiel ao original, mas mudou tanto que ficou um jogo completamente diferente, onde apenas o nome “Silent Hill” e o nome dos personagens não mudam, mas o resto muda completamente.

Esse jogo foi muito bem aceito pelos fãs e isso foi realmente uma surpresa já que não foi exatamente o que os fãs esperavam, mas conseguiu ser um sucesso por diversos motivos que eu vou citar ao longo do artigo, mas o que mais deve ter contribuído para isso foi o final inesperado, não haviam feito uma reviravolta tão grande nos jogos de Silent Hill desde Silent Hill 2, que é considerado por muitos o melhor Silent Hill justamente pela surpresa que o final aguarda.

Sinopse


Prestem bastante atenção a essa sinopse, pois ela é parecida com o do Silent Hill original, mas alguns detalhes fazem com que o enredo ao longo do game mude completamente.

Silent Hill: Shattered Memories conta a história de Harry Manson, um escritor pouco conhecido que mora em uma cidade chamada Silent Hill. Harry é divorciado e tem uma filha chamada Cheryl. Um dia, Harry está passeando de carro com sua filha quando ele perde o controle do carro, bate e desmaia, ele acorda percebendo que sua filha não está mais lá e ele sai seguindo as pistas para encontrar sua filha e acaba percebendo algumas coisas de errado com a Silent Hill que ele conhece e agora Harry tem que descobrir o que aconteceu com Silent Hill e principalmente tem que descobrir onde está Cheryl.

Perceberam as diferenças? No original, Harry não morava em Silent Hill, só esse detalhe confunde os jogadores que estão no início do game, fora isso, em nenhum momento da sinopse diz que ele bateu o carro para tentar desviar de uma "figura misteriosa que apareceu do nada na estrada" (que viria a ser Alessa) como acontece no original. Fora isso algumas poucas mudança: Nesse ele é divorciado só que no original era viúvo (pode parecer besteira, mas isso tem grande importância no decorrer da história) e, além disso, ele é escritor e no original nem falam qual o emprego dele, tanto para quem não jogou tanto para quem já zerou o jogo acha que esse fato é de pouca importância, mas pensem bem, se na cidade de vocês morasse um homem que escreveu um livro que é conhecido, não digo a nível mundial, mas a nível nacional ou até estadual, a maioria não teria ao menos ouvido falar nele? Todas as pessoas que ele encontra na cidade nem fazem ideia de quem Harry seja e isso é uma das coisas que ele achou estranho na cidade depois que acordou, pois ninguém o conhecia.

Ah, outro detalhe pequeno, esse jogo se passa em Flash Back. Logo no início, vemos um homem preparando um drinque e a voz de uma mulher (que parece ser uma secretária) diz “Dr. Kaufmann, o paciente chegou” e o homem fica tipo “Ah, legal. Ele chegou mais cedo, isso é bom, mande-o entrar” e então o mostra conversando com uma pessoa (não dá para saber quem é, pois essa cena tem uma jogabilidade em primeira pessoa). E o Kaufmann, psiquiatra diz para a pessoa que viu a ficha dela e que viu a quantidade de médicos que ela procurou e que outros psiquiatras e psicólogos não conseguiram ajuda-lo, mas Kaufmann queria que ele voltasse “ao início”, onde tudo começou e que era para ele/ela contar o que aconteceu e só então o jogo em si começa e isso foi incrível, um dos motivos do game ter sido um sucesso. Essa sensação de “déjà vu” percorre não só no personagem, por estar “revivendo aquilo enquanto conta sua história”, mas também nos jogadores que veem no início semelhanças com o original.



Quando eu comecei a jogar (obviamente eu sabia que era um remake), eu pensei logo de cara que o jogo era uma continuação e que se passasse entre Silent Hill 1 e 3 e que a história era que Harry tinha enlouquecido pelo o que ele viveu no primeiro jogo e que ele iria contar a sua visão de como tudo aconteceu, mas calma aí, O Dr. Kaufmann aparece em SH 1, então o que ele está fazendo falando com Harry? Não se sabe exatamente que tipo de médico o Kaufmann do primeiro jogo era, mas eu considerei erroneamente que era outro Kaufmann sem ligação nenhuma com o do primeiro game.

Personagens

Harry Manson:



O protagonista do jogo, seu objetivo é encontrar sua filha e para isso ele está disposto a fazer qualquer coisa.

Cheryl Manson:



Pequena e indefesa, a maior parte de suas lembranças se resume a brigas de seus pais e por fim, o divórcio deles.

Dr.Michael Kaufmann:



Psiquiatra que avalia o personagem/jogador com testes e perguntas psicológicas. Em determinados momentos a história é interrompida para mais uma conversa com o Dr. K e dependendo das respostas, a história pode seguir um novo rumo.

Cybil Bannet:



Policial de Silent Hill, no início quer ajudar Harry, mas depois dele desobedecer -la para procurar sua filhe e depois dela checar a ficha dele e descobrir algo de estranho com “Harry Manson” ela fica contra ele.

Michelle Valdez:



Harry a encontra na escola quando está seguindo os passos de Cheryl . Ela é uma aspirante a cantora e se apresenta semanalmente em um clube. Ela tem um namorado e parece ter problemas no relacionamento, mas mesmo assim tenta ajudar Harry. É a única personagem “nova”, ou seja, que não aparece no primeiro game.

Dahlia:



Uma adolescente sensual que diz conhecer Harry e diz ter até relações carnais com ele, embora ele não a reconheça. (Dica: Ignore completamente as diferenças entre essa Dahlia e a do jogo original. Pense que esse é um novo jogo, portanto personagens antigos tem novos papeis, só assim você conseguirá entender a trama desse remake).

Lisa Garland:



Enfermeira que Harry encontra e tenta ajudar. Sofreu um acidente no hospital em que trabalha e está com a hemorragia na cabeça e precisa que Harry a leve para casa.

Dados gerais

  •  Gráficos: Não se tem muito que falar do gráfico, ele é simples, portanto o jogo não tem tantos bugs, mas mesmo assim o gráfico não deixa de impressionar um pouco. Como eu disse no início da análise, esse remake mais parece um jogo diferente, portanto entre as diversas características que mudam, o gráfico está entre elas; o gráfico teve que mudar, pois não existe mais aquele sentimento completo de solidão nem de satanismo que existiam em outros jogos. Como não se encontram mais corpos pendurados durante os locais (que nos outros jogos, era onde mais impressionava graficamente) a qualidade gráfica foi reduzida um pouco para se adequar às novas características. O jogo foi feito para três plataformas (Wii, Ps2 e PSP) e entre as três existe uma leve mudança gráfica. Queria ter dado a nota máxima a essa categoria, mas não consigo deixar de pensar que o gráfico poderia ser um pouco melhor, principalmente se fosse lançado para PS3 ou Xbox360 já que, considerando a data que ele foi lançado, era algo possível. Nota: 9,5.





  •  Enredo: Eu considero um remake bom àquele que segue a risca a história do original, mas eu tiro meu chapéu para esse jogo, ele conseguiu mudar a minha opinião sobre o significado de remakes. A história, como eu já disse, é basicamente a mesma do original, mas com poucas mudanças que ao longo do tempo vão se tornando grandes mudanças e no final você sente como se estivesse jogando algo que nunca jogou antes. Como eu já falei, o final foi o que mais impressionou. O jogo tem vários finais, todos seguem o mesmo rumo, mas algo acaba mudando na cutscene final e você percebe que é um final diferente daquele que você conseguiu. Nota: 10,0.



  •  Jogabilidade: O gameplay foi o que mais mudou no jogo inteiro. Antes você entrava em um novo local e tinha que procurar o mapa, se não encontrasse, o nível de dificuldade aumentava muito, além disso, ao vencer um mestre, você tinha que sair procurando munição e item de cura e ao entrar em uma sala, você tinha que procurar itens para interagir para assim resolver os puzzles. Nesse remake, você tem um celular com câmera, que é usado na maioria dos puzzles e ele ainda tem GPS, ou seja, não importa onde você está, você sempre vai saber para onde está indo. O celular também permite fazer e atender ligações (o que também faz parte dos puzzles) e receber mensagens de texto e de voz substituindo os “memos” dos jogos anteriores. Não é possível lutar contra os monstros, apenas fugir deles, mas eles nem sempre aparecem; em determinadas partes do jogo, tudo congela, fazendo com que passagens antes acessíveis se fechem e só aí que os monstros aparecem até você completar o objetivo da “fase” e aí tudo volta ao normal. Não existe munição, já que você não usa arma e nem barra de HP,o sistema de sangue é simples, quando todo o CG congelar, você tem que fugir de monstros, ocasionalmente um deles vai te agarra e você tem que se livrar dele, cada vez que um monstro te agarra, você começa a mancar, corre menos rápido e isso torna o ato de “fugir” cada vez mais difícil; se uma grande quantidade de monstros conseguir te agarrar, você desmaia e volta para o início da “fase” (quando tudo começou a congelar). Essa nova jogabilidade me fez estranhar um pouco o jogo, mas é bom, pois não fica na “mesmice” de sempre e não ficou ruim, mas algumas coisas não funcionam como deveriam, por exemplo, o objetivo do GPS seria você poder acessar ele sempre, mas quando você está fugindo de monstros, fica difícil acessa o mapa e muitas vezes o objetivo é chegar a um determinado local, mas se você tentar ver o mapa, um monstro te agarra e você tem que se livrar dele, tendo que começar do zero o processo de tentar abrir o mapa (que não é apenas apertar um botão e pronto, como era nos outros jogo). Nota: 8,0.





Conclusão

Minha nota final para o jogo é 9,2. O jogo é Silent Hill, não deixa de ser, mas por outro lado você não sente que está jogando um Silent Hill, mas o jogo não é ruim, é um ótimo remake, mas não é um remake para quem ainda não jogou o primeiro e quer saber da história, é para alguém que já jogou o primeiro, mas quer uma nova visão do jogo; se você tentar jogar esse jogo sem ter jogado o primeiro, você não vai ter dificuldades nenhuma, nem mesmo no entendimento da história, mas se você quer mesmo entender todo o enredo e quer conhecer melhor a série, o melhor seria você começar a jogar o primeiro mesmo. Se você começou a jogar esse jogo mas está pensando em parar por qualquer motivo que seja como não gostou da dificuldade do jogo ou acha que o jogo é muito diferente para considerar esse jogo um Silent Hill ou ainda se você empacou em algum puzzle, não desista, não pare de jogar pela metade, pois eu posso afirmar que a grande surpresa que o final do game aguarda vale completamente a pena.



Bem, é isso. Espero que tenham gostado e até a próxima análise. Estou preparando a análise de um jogo muito especial, que vai ser a primeira análise que eu trago que não é um remake. O jogo é relativamente antigo, é de 2011, mas quem mora no ocidente conheceu o game há pouco tempo, pois teve uma polêmica muito grande para trazer esse jogo para o ocidente, ele é um grande título do RPG.

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