domingo, 3 de maio de 2015

American Horror Story (parte 1)


Finalmente estou trazendo a recomendação de uma série que não é animada e espero fazer isso mais vezes (embora eu não pretenda parar de trazer séries animadas, também).

American Horror Story é uma série criada em 2011 por Ryan Murphy (mesmo criador de Glee e Nip/Tuck) e é uma série antológica, ou seja, cada temporada traz uma história completamente diferente, um tema completamente variado daquele que já foi mostrado nas temporadas passadas e traz personagens e elencos completamente diferentes (só que em AHS, o elenco principal raramente muda).

Um dos fatores que torna a série tão boa é a quantidade de referências a histórias reais, por exemplo, na primeira temporada tem a participação da personagem Elizabeth Short, mais conhecido como Dahlia Negra; se você nunca ouviu falar em Dahlia Negra, pesquise, é um dos mais famosos casos de assassinatos não resolvidos. Na terceira temporada tem a personagem chamada Merie Laveau, que também existiu na vida real e é conhecida até hoje como Rainha dos Vodus.


Não fiquem inseguros em assistir à série por ser do mesmo criador de Glee, são trabalhos completamente diferentes e só por você não gostar de um não significa que você não vai gostar do outro. Não vou mentir, tem cenas estilo musical na série, porém, nas 4 temporadas que já foram lançadas, eu só consigo me lembrar de duas cenas assim, uma no final da segunda temporada e outra no início da quarta (no final desse post vou colocar a cena da quarta temporada para vocês verem que não é assim tão parecido com Glee).

E falando de música, vou aproveitar para falar o quão perfeita é a trilha sonora da série. Cada temporada se passa em épocas diferentes, apenas a primeira e terceira temporada se passam nas épocas atuais, as temporadas que se passam no século passado, tem músicas que lembram aquela época e até mesmo nas temporadas que se passam atualmente tem músicas do ano 70, por exemplo; um bom exemplo é o primeiro episódio da terceira temporada que toca uma música de Iron Butterfly (banda que surgiu no final dos anos 60).

Como cada temporada tem uma história diferente, eu vou falar de cada uma separadamente. Cada temporada tem um título que dá uma ideia sobre o que vai ser a temporada, e cada temporada tem como base algo comum nos filmes de terror, à medida que eu for explicando vocês vão entender.

Murder House


Embora eu tenha dito que cada temporada tem um título, a primeira temporada só foi intitulada depois que toda a temporada já tinha sido lançada, isso se deve ao fato do diretor ainda não ter revelado que AHS seria uma série antológica (fora o fato de que não se tinha a certeza de que teria uma segunda temporada) e, sem querer dar spoilers, a cena final dessa temporada pede uma continuação, porém até agora nenhuma das temporadas deu continuação a ela, então tudo indica que vai ficar do jeito que está mesmo. A temporada terminou com 12 episódios.

Essa temporada se passa em 2011 e seu assunto principal é a infidelidade, ela nos conta a história da família Harmon, que está passando por uma fase difícil; a mãe, Vivian teve um aborto espontâneo e perdeu o filho; e o pai, Ben teve recentemente um caso extraconjugal e tudo isso e mais algumas coisas passam a piorar cada vez mais a autoestima da filha, Violet.


Esperando perdoar uns aos outros e esquecer os acontecimentos dos últimos meses que quase destruiu a família, eles decidem começar uma nova história, se mudando para Los Angeles e encontram uma ótima casa com o preço em conta.

Mesmo sabendo que os antigos moradores se mataram no porão da casa, eles aceitam, pois têm condições de pagar; Ben, sendo um psiquiatra pode reservar uma das salas para ser seu consultório (e assim ficar mais próximo da família) e a história dos antigos moradores chamou a atenção de Violet.


Eventualmente, eles conhecem antigos moradores da casa; A vizinha Constance Langdon e sua filha Adalaide Langdon; Moira O’Hara, a empregada dos antigos moradores e que oferece seus serviços para a família Harmon; Larry Harvey, que tem o rosto desfigurado graças a um acidente incendiário e outros...

Com o tempo, eles vão percebendo que a casa ainda é habitada pelos antigos moradores que já morreram e passam a ser assombrados por esses espíritos que não gostam da presença deles, aí que entra aquela parte que eu falei sobre “ter como base algo comum nos filmes de terror”, quantos filmes de terror existem sobre casas mal assombradas? Muitos, não? Mas o que é clichê, aqui se torna algo único, que você provavelmente não vai ver em mais nenhum outro lugar.

Personagens e atores


Temos a família principal, Vivian, Ben e Violet Harmon. Eu acho que é correto dizer que foram todos os piores atores da temporada; o único que se salva (mas mesmo assim, a atuação dele não foi lá essas coisas) foi Dylan McDermott (que fez Ben Harmon) tanto que dos três ele foi o único que foi chamado para a segunda temporada.

Taissa Farmiga (que fez Violet Harmon) é uma das atrizes favoritas dos fãs, isso se deve ao fato de além de ter feito a protagonista na primeira temporada, ela também fez a protagonista na terceira e em ambas as temporadas eu odiei a atuação dela, ela não tem expressão nenhuma, pode ser facilmente comparada a Kristen Stewart (que é conhecida pelos internautas por ser a atriz com menos expressões dos cinemas), mas quando eu estiver falando da terceira temporada eu falo mais da Taissa.


Temos Tate, que é o par romântico de Violet e acaba se tornando um personagem mais importante do que parece, ele basicamente torna interessante a personagem Violet; Ele também é um dos pacientes de Ben. Ele foi atuado por Even Peters, que foi um dos poucos atores que participou das quatro temporadas e já foi confirmado para a quinta, então sim, a atuação dele é boa, eu não tenho nada de mal para falar da atuação dele, mas nas quatro temporadas (acho que com a exceção, talvez, da segunda) todos os personagens que ele faz tem basicamente a mesma personalidade e enfrenta os problemas basicamente do mesmo jeito, o que torna todos os papeis dele altamente previsíveis. Por favor, Ryan, dê a Even um papel mais variado, eu sei que o ator tem essa capacidade, confie mais nele!


Continuando, temos os antigos moradores, um casal de gays que tem problemas conjugais. Um dos atores é Teddy Sears interpretando Patrick e, sinceramente, a atuação dele não é ruim, mas ele não é o tipo de ator próprio para fazer esse tipo de série. O outro gay, Chad Warwick, foi interpretado por Zachary Quinto e ele deu um show! A atuação dele é perfeita! Ele faz bem qualquer personagem, mas principalmente vilões. Eu não sei se vocês já assistiram a série Heroes, eu assisto essa série (um dia, num futuro distante, eu farei um post de recomendação dessa série, pois eu parei na segunda temporada) e em Heroes, Zachary Quinto faz o vilão, não preciso nem falar o quão perfeito a atuação dele é nessa série, né?


Nós temos também os vizinhos, Constance e Adalaide, a atuação das duas é simplesmente perfeita. Vou começar falando de Adalaide, não subestimem nem a personagem nem a atriz Jamie Brewer só por elas terem Síndrome de Down; a personagem vai emocionar todo o público com seu carisma e a atriz é uma guerreira, para você terem uma ideia, não só ela participa de três das quatro temporadas de AHS, como também ela é a pessoa mais jovem a ser eleita presidente da Arc do condado de Fort Bend, pouco? Ela já se reuniu com senadores do Texas para convencer eles a aprovar uma lei que abolia o uso da palavra “retardado” no texto de legislação estatal, mais tarde a lei foi aprovada. Ela também é uma atriz de teatro (já era bem antes de AHS e não deixou de ser mesmo depois de entrar para o elenco) e faz parte de várias organizações sem fins lucrativos que ajuda e tenta melhorar a imagem de quem sofre de Down e recentemente, ela foi a primeira modelo com Down a desfilar em Nova Iork.

A mãe, Constance Langdon é interpretada por Jessica Lange que é de longe a melhor atriz da série. Ela participou de todas as temporadas e se tornou a cara do American Horror Story. Há quem diga que ela carregou as quatro temporadas nas costas, mas eu acho que isso já é exagero; ela é sim a melhor atriz do elenco, mas não é a única boa atriz. Ela sofre do mesmo mal de Even Peters, todos os personagens dela são basicamente a mesma coisa, mudando uma coisinha ou outra, mas se analisados direito, é fácil perceber que a receita de bolo é a mesma para todas as temporadas. Infelizmente ela se aposentou ano passado e sua participação na quarta temporada foi literalmente seu último trabalho e ela não vai mais voltar a aparecer na série. Se vocês não assistem, pode parecer besteira, mas para os fãs, isso foi um impacto muito grande; AHS sem Jessica não vai ser a mesma coisa, mas no final do post vou falar das minhas expectativas para a próxima temporada aí eu falo mais disso...


Para o papel de Moira O’Hara nós temos duas atrizes (assistindo, você entende porque são duas atrizes fazendo um único papel), ambas são grandes atrizes. A mais jovem, Alexandra Breckenridge é a que menos aparece, participando de apenas seis episódios, ela também participa da terceira temporada (com uma participação igualmente curta). Frances Conroy, a mais velha participa de 11 episódios e é uma das minhas atrizes favoritas da série, ela participou das quatro temporadas e em cada uma ela faz papeis completamente diferentes e em cada uma delas ela se mostrou uma grande atriz. Infelizmente, Frances Conroy ainda não foi confirmada para a quinta temporada, porém vazou na internet no final de abril a lista completa do elenco da quinta temporada na qual ela está na lista, entretanto essa “lista” veio de um site não confiável, então ainda existe a dúvida.


Larry Harvey foi interpretado por Denis O’Hare, a atuação dele foi boa, mas não foi lá essas coisas, tanto que ele nem foi chamado para a segunda temporada, entretanto, nas temporadas seguintes ele se mostra um ator melhor do que o papel que ele pegou nessa primeira temporada. Ele participa de três das quatro temporadas e já foi confirmado para a quinta.


Interpretando a primeira moradora da casa temos Lily Rabe como Nora Montgomery, outra das minhas atrizes favoritas. Assim como Frances Conroy, ela pega papeis bem variados e se mostra uma ótima atriz em cada um deles, entretanto ela não se destacou tanto nessa primeira temporada. Também ainda não foi confirmada para a quinta temporada.


Para terminar nós temos Sarah Paulson como Billie Dean Howard. Billie Dean é uma médium que os personagens (principalmente Constance) pedem ajuda par falar com os mortos, ela não tem uma participação tão importante, só aparece em três episódios. Sarah Paulson é outra das minhas atrizes favoritas, ela participa das quatro temporadas e já foi confirmada para a quinta.

Eu deixei de falar de alguns personagens/atores como, por exemplo, a amante de Ben ou o marido de Nora Montgomery, isso porque esses personagens não são recorrentes e os atores não participam mais de nenhuma outra temporada (ou participam, mas com uma pequena aparição).

Conclusão

A primeira temporada foi uma ótima temporada de estreia, mas se comparada com as outras temporadas é, em minha opinião, a pior das temporadas. Após o especial de Halloween, o enredo começou a ficar repetitivo. A família era atacada, o pai ficava preocupado, a mãe se irritava com o pai, a filha se encontrava secretamente com o namorado e assim ficou basicamente toda a temporada até os episódios finais onde várias coisas começaram a se revelar ao mesmo tempo e o final, bem, sem querer entrar em muitos detalhes, eu odiei o final.


Bem, o post está ficando muito grande e ainda falta falar muita coisa, então eu achei melhor dividir o post em cinco partes, uma para cada temporada e a última falando das minhas expectativas para a quinta temporada e ainda farei um post de Teorias, onde falarei sobre as minhas teorias da série e outras que eu encontro na internet e ainda outro post de Fatos Curiosos.

Então é isso, espero que tenham gostado. Desejo tudo de bom para vocês e até a próxima!





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